Nos últimos meses, o Brasil tem sofrido dia após dia com os aumentos constantes de diversos produtos. E, infelizmente, um aumento acaba puxando o de outro, como acontece com o combustível e os transportes de carga.

Hoje, já é possível afirmar que os transportes rodoviário, marítimo e internacional já aumentaram 100% de seu valor, o que, muito provavelmente, será repassado ao cliente uma hora ou outra.

Além desses aumentos – e também da inflação alta que o país tem praticado –, outro evento de suma importância precisa ser considerado: a guerra da Ucrânia contra a Rússia. Com o conflito, é muito provável que alguns combustíveis faltem em terras brasileiras, principalmente porque uma boa parte do nosso petróleo vem dessa região do leste europeu.

Diante de todo esse cenário, será cada vez mais comum os reajustes por parte das transportadoras, repassando o aumento para os fretes realizados. Só para se ter uma noção, em 12 meses, o valor do frete por quilômetro subiu entre 20% e 28% – e muito provavelmente esse valor vai aumentar.

Leia o texto a seguir e entenda melhor como todos esses agentes externos impactam no transporte de cargas nacional.

Como o preço do combustível afeta o frete?

Quando o preço de diferentes produtos começa a aumentar, é inevitável que esse aumento aconteça em massa. Exemplo concreto disso é a relação combustível x frete.

De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), a subida recente que o combustível sofreu fez com que as empresas de transportes reajustassem seus preços também para, no mínimo, 8,75% a mais.

Apesar de ter demorado um pouco, esse reajuste já vinha sendo calculado pelo Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custo, Tarifas e Mercado (Conet) da NTC & Logística, tanto que, segundo ele, seria de 18,58% nas cargas fracionadas e 27,65% na carga completa.

|| Se você não se lembra da diferença entre um tipo de carga e outro, confira este outro texto: Descubra quais são as principais diferenças entre carga completa e carga fracionada.

Esse aumento considerável é justificado pelo fato do transporte rodoviário ser responsável por cerca de 60% de todo o frete realizado no Brasil. Sendo assim, o impacto do aumento nos combustíveis nesse setor é bem direto.

Quais os efeitos da guerra na Ucrânia?

O conflito entre Rússia e Ucrânia já dura dois meses e mesmo parecendo um período curto de tempo, os impactos na economia mundial já estão surgindo. Exemplo claro disso é com relação ao frete marítimo.

Ao contrário das altas da gasolina e do diesel, que são realizados por um comitê interno da Petrobras de acordo com a evolução do mercado, os preços dos combustíveis para a navegação são modificados diariamente. Com isso, a preocupação torna-se ainda maior, principalmente quando o transporte envolve a cadeia logística internacional.

Com a alta dos preços, especialmente do combustível, é fato que os produtos fretados de um ponto a outro do mundo também sofrerão uma alta. De acordo com Luís Fernando Resano, diretor executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), o setor já tem pago preços internacionais e dolarizados com todo esse panorama.

E engana-se quem pensa que os aumentos ficam por ali. Na verdade, o combustível é apenas a ponta da cadeia, pois influencia nos preços praticados pelo turismo, indústria e, é claro, transporte de cargas.

Quais as consequências do aumento?

Desde março de 2021, o preço médio do frete global do contêiner de petróleo aumentou 111%, segundo dados da Freightos Baltic Index. Em números quantitativos, de US$ 4,4 mil por contêiner o preço foi para US$ 9,4 mil.

Esse aumento impacta diretamente no transporte marítimo brasileiro, especialmente porque o mercado do nosso país é de curto prazo, ou seja, as exportações são semanais, mensais ou trimestrais. Além disso, ele é bem mais imediato nas cargas realizadas por rodovia – a alta média do frete rodoviário foi de 20% nas rotas do Mercosul e de 10% dentro do Brasil.

Já no caso dos navios, o diretor da Abac afirma que, por eles terem uma grande quantidade estocada de combustível, os aumentos ainda não foram praticados – mas não vai demorar muito para aparecerem.

Por conta dessas sucessões de acontecimentos, muitas empresas de transportes têm fechado as portas, simplesmente por não conseguirem se sustentar. E não só isso: os clientes de cada empresa também têm feito quebra de contrato com as transportadoras por não aguentarem pagar o serviço.

Uma maneira de modificar essa realidade, diz Irani Gomes, presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG), é a atuação do governo para solucionar o problema. Pelo fato de um caminhão rodar nas estradas, diversos pagamentos são realizados, como impostos, taxas ou insumos.

Logo, nada mais justo do que ele realizar uma intervenção.

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